Sem Remédio
Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!
Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
domingo, 8 de maio de 2011
À Ela
Não vou começar com a célebre frase: "Minha mãe é a melhor mãe do mundo", até porque acredito que não seja, mas, pra mim, ela é perfeita. Minha mãe, minha amiga, minha educadora, minha irmã mais velha, minha namorada, minha médica, minha segurança particular, minha cozinheira, minha filha, minha e só minha.
Domingo passado, no ônibus, começou a tocar "Como é grande o meu amor por você" e o engraçado é que não lembrei de quem havia me mandado essa música por mensagem um dia, e sim da minha mãe, somente dela. Cantava baixinho, a imagem dela na minha cabeça e lágrimas involuntárias desciam meu rosto. Era incontrolável, não sei explicar, só sei que só pensava nela. Não é segredo pra ninguém o carinho enorme que tenho por essa mulher. Costumo chamá-la de minha véia, meu xodó, Sinhá Eguá, Jararaca... Shiii, vou passar o dia aqui, mas só nós entendemos e conseguimos conviver com toda essa liberdade. Pra muitos é desrespeito, pra nós dois, é diversão, é apego.
Embora, muitos digam que sou a cópia do meu pai, não há ninguém com quem eu me pareça mais que minha mãe. Palhaça, esquentada, extremamente prestativa, paciente, ingênua. Ingênua? Acho que não, preferimos nos fazer a levar nome de conformados por sabermos e aceitarmos muita coisa. Evitamos ao máximo uma boa briga, pois sabemos o quanto gostamos de estar dentro de uma. Não somos de engolir palavras, nem nossas, nem alheias. E quando gostamos, suportamos o insuportável.
Tantos ferimentos, tantas conversas que me deixaram trêmulo e sem voz, tantas briguinhas, tantos abraços, beijos, tantos planos pra roubar a carteira de papai (risos), tantas festas...
Não sei como ela me suporta, aliás, sei sim, porque ela é minha mãe, só mãe suporta tudo de e por um filho.
Nunca me põe pra baixo, pra ela sempre sou o mais lindo, o mais gostoso, cobra-me o que tem de ser cobrado de um filho da maneira mais tênue possível. Convenhamos, eu não tenho do que reclamar.
Por mais, que às vezes, a exagerada preocupação dela me irrite, eu prefiro vê-la preocupada a totalmente indiferente quanto aonde estou, com quem estou e que horas chegarei. Sou dela, ela me fez, ela me criou, ela me ama incondiconalmente, aceita-me e me respeita.
Só tenho a ti agradecer, minha mãe. Pelas horas de sono até hoje perdidas, pelos tapas que, hoje, já não doem mais, pelas palavras que, antes, não era comprendidas e que, agora, são as que mais ferem, pelas inúmeras gargalhadas, pelos comprimidos dados de madrugada pra baixar minha febre, pelo esfregar de mão nas minhas costas quando tinha ânsia de vômito, pelas papinhas feitas quando aquele aparelho apertava até o meu juízo e, é claro, por ser tão compreensiva e tão mãe, tão gente. Serei sempre seu reflexo. E não se esqueca, morarei até os meus 60 anos com a senhora. Casar? Ter mulher, filhos? Pra que? A senhora é minha mulher, ama-me, ajuda-me, faz meu almoço, lava minhas cuecas, passa sabonete anti-acne nas minhas costas... Sexo? Ah, é. Isso eu arranjo em outros cantos (risos).
Amo você, MINHA MÃE!!!
Domingo passado, no ônibus, começou a tocar "Como é grande o meu amor por você" e o engraçado é que não lembrei de quem havia me mandado essa música por mensagem um dia, e sim da minha mãe, somente dela. Cantava baixinho, a imagem dela na minha cabeça e lágrimas involuntárias desciam meu rosto. Era incontrolável, não sei explicar, só sei que só pensava nela. Não é segredo pra ninguém o carinho enorme que tenho por essa mulher. Costumo chamá-la de minha véia, meu xodó, Sinhá Eguá, Jararaca... Shiii, vou passar o dia aqui, mas só nós entendemos e conseguimos conviver com toda essa liberdade. Pra muitos é desrespeito, pra nós dois, é diversão, é apego.
Embora, muitos digam que sou a cópia do meu pai, não há ninguém com quem eu me pareça mais que minha mãe. Palhaça, esquentada, extremamente prestativa, paciente, ingênua. Ingênua? Acho que não, preferimos nos fazer a levar nome de conformados por sabermos e aceitarmos muita coisa. Evitamos ao máximo uma boa briga, pois sabemos o quanto gostamos de estar dentro de uma. Não somos de engolir palavras, nem nossas, nem alheias. E quando gostamos, suportamos o insuportável.
Tantos ferimentos, tantas conversas que me deixaram trêmulo e sem voz, tantas briguinhas, tantos abraços, beijos, tantos planos pra roubar a carteira de papai (risos), tantas festas...
Não sei como ela me suporta, aliás, sei sim, porque ela é minha mãe, só mãe suporta tudo de e por um filho.
Nunca me põe pra baixo, pra ela sempre sou o mais lindo, o mais gostoso, cobra-me o que tem de ser cobrado de um filho da maneira mais tênue possível. Convenhamos, eu não tenho do que reclamar.
Por mais, que às vezes, a exagerada preocupação dela me irrite, eu prefiro vê-la preocupada a totalmente indiferente quanto aonde estou, com quem estou e que horas chegarei. Sou dela, ela me fez, ela me criou, ela me ama incondiconalmente, aceita-me e me respeita.
Só tenho a ti agradecer, minha mãe. Pelas horas de sono até hoje perdidas, pelos tapas que, hoje, já não doem mais, pelas palavras que, antes, não era comprendidas e que, agora, são as que mais ferem, pelas inúmeras gargalhadas, pelos comprimidos dados de madrugada pra baixar minha febre, pelo esfregar de mão nas minhas costas quando tinha ânsia de vômito, pelas papinhas feitas quando aquele aparelho apertava até o meu juízo e, é claro, por ser tão compreensiva e tão mãe, tão gente. Serei sempre seu reflexo. E não se esqueca, morarei até os meus 60 anos com a senhora. Casar? Ter mulher, filhos? Pra que? A senhora é minha mulher, ama-me, ajuda-me, faz meu almoço, lava minhas cuecas, passa sabonete anti-acne nas minhas costas... Sexo? Ah, é. Isso eu arranjo em outros cantos (risos).
Amo você, MINHA MÃE!!!
Florbela Espanca
Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Amy Winehouse
Você Ainda Me Amará Amanhã?
Hoje à noite você é completamente meu
Você me deu seu amor tão suavemente
Hoje à noite a luz do amor está em seus olhos
Mas você irá me amar amanhã?
Isto é um tesouro duradouro
Ou somente um momento de prazer
Posso acreditar na mágica de seu olhar
Você ainda me amará amanhã?
Hoje à noite sem dizer
Você promete que eu serei a única
Mas será que você machucará meu coração
Quando a noite encontrar o sol da manhã?
Eu gostaria de saber se seu amor é amor mesmo
Que eu possa ter certeza
Então me diga agora que não perguntarei novamente
Você ainda me amará amanhã?
Você ainda me amará amanhã?
Você ainda me amará amanhã?
Estático
Todos se movimentam, todos riem e se divertem. Todos insistem e alcaçam. Caem e erguem-se. E por que só eu não consigo? Por que só eu me sinto parado entre essa multidão? Por quê?
Como dói ver aqueles que tanto gostei, distantes e felizes sem mim. Dói saber que pra eles, eu mais nada represento. Sou objeto velho guardado no quartinho das tralhas e que quando forem arrumá-lo serei jogado fora, se é que já não fui.
Vejo amigos, inimigos e ex-amores em fotos com sorriso de orelha a orelha, com novos amigos, em farras, com novos relacionamentos e eu continuo aqui, estático. Elaborando momentos, frases, fatasiando situações, e o mundo continua a girar e as pessoas a se transformarem. E eu permaneço aqui, estático, só podendo expressar meus sentimentos, emoções, e angústias aqui. Escondido de todos. Finjo ser o que nunca fui.
Por isso, aniversários têm me deixado tão depressivo e desolado, por ver meus amigos crescendo e fazendo o que bem querem e, eu, parado, ouvindo tudo, tentando sorrir, sentir-me entrosado de novo, mas não dá.
Como fazer isso escondendo de todos o que sinto e o que sou?
Minto, escondo, sorrio pra foto, bebo, como e me sinto uma estátua no meio deles.
sábado, 30 de abril de 2011
MARCAS DA ROTINA
Desceu,
tomou café,
folheou o jornal,
deu-me um beijo e saiu.
Chegou,
beijou-me,
jantou e dormiu.
E o amanhã em nada seria diferente,
excetuando a minha vontade de continuarmos juntos
que a cada dia ficava mais escassa.
tomou café,
folheou o jornal,
deu-me um beijo e saiu.
Chegou,
beijou-me,
jantou e dormiu.
E o amanhã em nada seria diferente,
excetuando a minha vontade de continuarmos juntos
que a cada dia ficava mais escassa.
sábado, 23 de abril de 2011
Dangerous, but delicious!!!
Sua irmã no quarto, sua mãe no cômodo ao lado, e nós dois ali. Eu, trajando somente um short frouxo que explicitava o contorno do meu sexo não totalmente adormecido devido a sua presença. Você, baby doll e um top para esconder os seios em que me delicio. Sabíamos que dormir no mesmo quarto seria um problema, já que não poderíamos nos tocar, nos beijar, nos possuir. Na verdade, podíamos, mas não devíamos. Porém, não pensamos quando estamos juntos, em especial, você.
Sua irmã dormindo e produzindo sons esquisitos, eu louco para abaixar aquele short e pôr você em cima de mim, você desconfiada certamente pensando se faríamos algo... Lembro de termos estendido as mãos e começado com carícias brandas, o que já fez meu orgão tremer de desejo. Você me olhava com aqueles olhos de súplica pedindo pra que eu fosse pra sua cama, mas era muito arriscado, você sabe disso. Ainda bem que dessa vez a de baixo não reinou sobre a de cima.
Parece que todo aquele perigo que nos cercava só aumentava nossa volúpia. Enquanto eu sentia você engolindo o meu membro, só pensava em como te proporcionar tamanho prazer e em como não permitir que você gritasse. Meus dedos abafados e úmidos só queriam ir além, muito além. E você não parecia querer parar.
Eu também não queria, mas a adrenalina que circulava em minhas veias não era só do tesão, mas também do medo de sermos pego. Não podemos aproveitar como queríamos, mas, mais uma vez você me proporcionou uma transa inenarrável.
E nem preciso dizer tudo o que você é minha, né?!
Sua irmã dormindo e produzindo sons esquisitos, eu louco para abaixar aquele short e pôr você em cima de mim, você desconfiada certamente pensando se faríamos algo... Lembro de termos estendido as mãos e começado com carícias brandas, o que já fez meu orgão tremer de desejo. Você me olhava com aqueles olhos de súplica pedindo pra que eu fosse pra sua cama, mas era muito arriscado, você sabe disso. Ainda bem que dessa vez a de baixo não reinou sobre a de cima.
Parece que todo aquele perigo que nos cercava só aumentava nossa volúpia. Enquanto eu sentia você engolindo o meu membro, só pensava em como te proporcionar tamanho prazer e em como não permitir que você gritasse. Meus dedos abafados e úmidos só queriam ir além, muito além. E você não parecia querer parar.
Eu também não queria, mas a adrenalina que circulava em minhas veias não era só do tesão, mas também do medo de sermos pego. Não podemos aproveitar como queríamos, mas, mais uma vez você me proporcionou uma transa inenarrável.
E nem preciso dizer tudo o que você é minha, né?!
O que trazes pra mim?
Um ovo, dois ovos ou uma caixa de chocolates sortidos?
No desespero que me encontro, aceito até os que só tem gosto de sabão. Preciso de chocolate. Mais um ano que consigo cumprir meu jejum de 40 dias, mas nunca desejei tanto uma raspinha que fosse desse manjar dos deuses.
A partir de segunda é chocolate com tudo. Chocolate com pão, com arroz e feijão, no sexo... (pensamentos mirabolantes). Que saudade de fazer isso, mas continuando.
Espero me empanturrar de chocolate depois da Páscoa e que eu não tenha uma "bela"diarreia ;D.
Damien Rice
Bala de Canhão
Ainda há um pouco de seu gosto em minha boca
Ainda há um pouco de você amarrada a minha dúvida
Ainda é um pouco difícil de dizer o que está acontecendo
Ainda há um pouco de seu fantasma, sua testemunha
Ainda há um pouco de seu rosto que eu não beijei
Você se aproxima um pouco a cada dia
E eu não consigo dizer o que está acontecendo
Pedras me ensinaram a voar
O amor me ensinou a mentir
A vida me ensinou a morrer
Assim, não é difícil cair
Quando você flutua como uma bala de canhão
Ainda há um pouco de sua canção em meu ouvido
Ainda há um pouco de suas palavras que eu desejo ouvir
Você se aproxima um pouco de mim
Tão próxima, que eu não consigo ver o que está acontecendo
Pedras me ensinaram a voar
O amor me ensinou a mentir
A vida me ensinou a morrer
Assim, não é difícil cair
Quando você flutua como um canhão
Pedras me ensinaram a voar
O amor me ensinou a chorar
Então venha, coragem
Ensine-me a ser tímido
Porque não é difícil cair
E eu não quero assustá-la
Não é difícil cair
E eu não quero perder
Não é difícil crescer
Quando você sabe que você simplesmente não sabe
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Brincar de ficar
Gosto da atenção e do carinho que recebo, mas não consigo crer que seja verdadeiro.
Por mais que ouça mil vezes ao meu pé do ouvido a grandeza desse sentimento, não me vem uma só gota de regozijo. Meu coração não desritma ao ver aqueles olhos inundados pedindo perdão ou quando ouço aquela voz delicada no telefone. Não sei explicar, só sei que não há reciprocidade entre nós. Algo que prezo tanto.
Já devíamos ter posto um basta nisso tudo, mas eu não consigo. Nunca aprendi a lidar com a dor alheia, em especial, se eu estou causando-a. Mas não consigo imaginar que passemos dessa fase inicial, afinal, já devíamos estar bem além. Somos tão diferentes, vivemos tão distantes, e tudo isso implica na nossa incompatibilidade.
Talvez por isso nos desentendemos tanto. Embora digam que os opostos se atraem, além dessa atração há muitos conflitos oriundos das diferenças existentes. Desagrada-me muito o "quando der". A eterna espera para nos vermos na casa de alguma amiga sua ou marcar algo e esperar dias pela sua resposta através de uma simples mensagem que nunca chega. Não quero isso pra mim. Quero mais, quero muito mais. Mereço muito mais.
E, por isso, por mais que você diga o quanto gosta de mim, o quanto está disposto a mudar, eu não consigo esperar nada de você. Porque se até agora não houve melhoras...
Queria ter coragem pra dizer tudo isso olhando nos teus olhos, mas não posso. Não consigo te ver mal.
Só quero que você amadureça e perceba que não vingaremos.
Chega desse brincadeira de ficar. Horas ao telefone, conversas no MSN, alguns beijos trocados... Tudo tão superficial, tão vazio de sentimento. Pelo menos pra mim. Contudo, isso só acontece porque eu não gosto de você como você gosta de mim. E considero isso algo horrível, mas não posso mudar, não posso fabricar um sentimento. Não sei explicar, já me fascinei por muito menos, mas até agora nada que você fez despertou um sentimento ímpar em mim.
Poderia passar horas alisando seu antebraço peludo e macio, mas só por ser agradável, como tudo que fazemos juntos. É agradável, mas não é suficiente.
No início mesmo pra mim era só sacanagem, depois se tornou uma quimera cheia de dúvidas e agora não passa de algo cômodo.
Não queria que seu coração tivesse se enchido de esperança, mas o culpado fui eu, admito.
Peço-te perdão. Peço-te que abra os olhos e feche o coração, por mais que você ache que o melhor seja abrí-lo para mim, nada vai conseguir quebrar essa fortaleza que tem cercado o meu.
Tem uma frase de Pitágoras que diz que devemos purificar nosso coração antes de permitir que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo. E a limpeza do meu ainda vai precisar de várias visitas de uma diarista.
Já devíamos ter posto um basta nisso tudo, mas eu não consigo. Nunca aprendi a lidar com a dor alheia, em especial, se eu estou causando-a. Mas não consigo imaginar que passemos dessa fase inicial, afinal, já devíamos estar bem além. Somos tão diferentes, vivemos tão distantes, e tudo isso implica na nossa incompatibilidade.
Talvez por isso nos desentendemos tanto. Embora digam que os opostos se atraem, além dessa atração há muitos conflitos oriundos das diferenças existentes. Desagrada-me muito o "quando der". A eterna espera para nos vermos na casa de alguma amiga sua ou marcar algo e esperar dias pela sua resposta através de uma simples mensagem que nunca chega. Não quero isso pra mim. Quero mais, quero muito mais. Mereço muito mais.
E, por isso, por mais que você diga o quanto gosta de mim, o quanto está disposto a mudar, eu não consigo esperar nada de você. Porque se até agora não houve melhoras...
Queria ter coragem pra dizer tudo isso olhando nos teus olhos, mas não posso. Não consigo te ver mal.
Só quero que você amadureça e perceba que não vingaremos.
Chega desse brincadeira de ficar. Horas ao telefone, conversas no MSN, alguns beijos trocados... Tudo tão superficial, tão vazio de sentimento. Pelo menos pra mim. Contudo, isso só acontece porque eu não gosto de você como você gosta de mim. E considero isso algo horrível, mas não posso mudar, não posso fabricar um sentimento. Não sei explicar, já me fascinei por muito menos, mas até agora nada que você fez despertou um sentimento ímpar em mim.
Poderia passar horas alisando seu antebraço peludo e macio, mas só por ser agradável, como tudo que fazemos juntos. É agradável, mas não é suficiente.
No início mesmo pra mim era só sacanagem, depois se tornou uma quimera cheia de dúvidas e agora não passa de algo cômodo.
Não queria que seu coração tivesse se enchido de esperança, mas o culpado fui eu, admito.
Peço-te perdão. Peço-te que abra os olhos e feche o coração, por mais que você ache que o melhor seja abrí-lo para mim, nada vai conseguir quebrar essa fortaleza que tem cercado o meu.
Tem uma frase de Pitágoras que diz que devemos purificar nosso coração antes de permitir que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo. E a limpeza do meu ainda vai precisar de várias visitas de uma diarista.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Fuck You
Tenho cara de michê por acaso? Ah, vá à merda. Vem com conversinha de que quer um cházinho. Sei bem o que você quer. Entra na minha casa, faz o serviço, não se preocupa em me satisfazer em nada, goza e vai embora. E já que eu não posso cobrar, porque é um pobre coitado, também não faço mais nada. Tem gente que não se toca. Pode passar anos levando fora, mas a esperança nunca acaba. Conforme-se e pare de me encher o saco.
O que ser quando crescer...
Nunca estive tão confuso quanto a minha futura profissão. Sei lá. Sempre idealizei ODONTO, mas ultimamente não consigo mais vê-la com os mesmos olhos. Ainda considero uma profissão fabulosa, mas acho que não é pra mim. Tenho medo de conseguir entrar e me decepcionar. Passar o dia sentado, "fabricando" belos sorrisos, numa sala gelada... Ahhhh, não, não. Sou ativo demais pra isso. Sem falar que vou precisar desembolsar uma grana preta pra exercer tal profissão. Mas sempre quis tanto... Ao mesmo que tenho medo de me decepcionar, tenho uma vontade imensa de dar minha cara a tapa e ir em frente.
Interessei-me por CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ano passado. Fiquei encantado com a infinidade de áreas de trabalho possíveis nessa profissão. Acho-a mais viável para mim e mais prazerosa também. Estudar o ecossistema, a biodiversidade, fazer descorbertas científicas... Meus olhos brilham. Mas o medo de me decepcionar ainda existe. Aliás, em toda profissão vai haver. Como posso escolher entre coisas que nunca experimentei? É como se mandassem escolher a mais "gostosa" entre craque, cocaína e heroína - pelo menos pra mim, né?
Quando pequeno temos inúmeros "sonhos". Quero ser veterinário. Quero ser jogador de futebol. Quero ser modelo.
Eu lembro que eu queria ser CHEF. Hoje, é um desejo distante, mas ainda existente. Gosto de comida, e não só de saboreá-la, mas também de prepará-la. Corto, asso, mexo, adiciono, me delicio com os aromas e mais ainda com sabor de quando sai do jeito que eu queria que saísse.
Queria muito já ter decidido, mas pra mim não é tão simples assim. Tenho vontade de ser jornalista ou professor de português. Tenho vontade de criar uma ONG pra crianças de rua.
Quero ser um medalhista olímpico e em várias modalidades. Atletismo, natação, ginástica...
Já deu pra perceber que indecisão e sonhos são meus sobrenomes, né?
Seja como for, independente da profissão por mim escolhida, só espero ser feliz e reconhecido executando-a.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
# Erros Meus #
Foi erro meu acreditar que o "pra sempre" existe
Errei em dizer não a quem merecia tanto meu sim
Erro meu ter esperado tanto de quem nunca pôde suprir meus desejos, minhas ânsias.
Erro meu ter insistido tanto no que já não tinha mais futuro algum
Erro meu pensar que entre dois grandes amigos poderia haver sexo sem compromisso isento de problemas
Errei ao achar que possuía uma vasta rede de amigos
Erro quando insisto em enganar os outros e principalmente a mim mesmo.
Erro meu pensar que você imploraria pelo meu amor
Que você se arrependeria de tudo o que me fez
E me pediria perdão.
Erro meu confiar nas pessoas que se demonstram amigas e prestativas demais.
Erro meu achar achar que não existe ninguém melhor mundo afora
Meu erro foi te amar demais
Erro sempre que penso em você
Erro em não conseguir retribuir o sentimento que uma certa negra de olhos amendoados me doa.
Mas errar não é um erro. Erro é não aprender com eles.
Após cada erro meu, um aprendizado.
Triste daquele que não comete erros.
Uma vida sem erros é uma vida sem lições.
Por isso, quero mais é errar e errar.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Acordo
Não recuso esse amor por vontade
E sim por precaução, medo.
Não suporto ver teus olhos marejados
Principalmente, se sou eu o motivo do teu pranto.
O que você me pede não é muito, mas é doloroso.
Dói não conseguir te dar o mesmo com exatidão e leveza.
Dói ver que você merece tanto e se contenta com tão pouco.
E tudo isso por mim.
Inexprimíveis são as horas que passamos juntos.
Seja deitados em um chão sujo regados a muito suor
Ou simplesmente quando estamos na parada à espera do teu ônibus.
Seria mais fácil se pelo menos um de nós soubesse como fazer.
Você não me pede reciprocidade, mas eu quero retribuir todo esse sentimento.
Você não me pede mudanças, mas eu adoraria mudar por você...
Mas você pode me dizer como faço?
Como te fazer feliz o dia inteiro
Como te amar como amigo e amante
No nosso caso, custa muito tentar
Custa sua esperança, sua felicidade
Custa nossa amizade
Só não deixe que eu retalhe mais teu coração.
Permita antes de me amar, amar a si mesma.
E em troca terás o que me pede.
domingo, 10 de abril de 2011
Maria Rita
Se estou feliz é "Tá Perdoado" que ouço. Se quero me conformar de que não damos mais certo e que você não é mais o que era, nada melhor que ouvir "Trajetória" e em seguida "Não Vale A Pena". Seja qual for o meu humor, sempre encontro uma música dessa mulher linda e talentosa, que se adeque ao momento e me deixe melhor ou pior, nem sei. Já tive uma tarde de transa inesquecível ao som dela. Não gosto de compará-la à mãe, a RAINHA da MPB, mas uma coisa é certa, o talento foi herdado. Espero ansioso por algum novo trabalho. E espero que da próxima vez que ela apareça por aqui, eu vá ao seu show pra me deliciar com a voz e as belas pernas dela.
"ME ABRAÇA, ME APERTA, ME PRENDE EM TUAS PERNAS. ME PRENDE, ME FORÇA, ME RODA, ME ENCANTA, ME ENFEITA NUM BEIJO!" (A Festa)
"ME ABRAÇA, ME APERTA, ME PRENDE EM TUAS PERNAS. ME PRENDE, ME FORÇA, ME RODA, ME ENCANTA, ME ENFEITA NUM BEIJO!" (A Festa)
sábado, 9 de abril de 2011
Aula, depressão, chuva, cinema, troca de olhares, sacanagem, gente bonita...
Ás 6:30 de pé, café da manhã, aula de matemática, biologia, história e, por fim, português. Foi assim que meu dia começou hoje. Na sala mais de 60 alunos e eu me sentindo a pessoa mais solitária do mundo. Esforçava-me pra absorver algo que os professores diziam, mas não estava fácil, minha cabeça rodopiava com idéias, planos, frases elaboradas. Não sei se melhorei quando ouvi sua voz ou se só fingi muito bem que estava bem, que enganei até a mim mesmo. Concluí que as coisas mudaram. Em essencial, no fato de quem é o solitário.
Você costuma dizer que só tem a mim e que tem que me dividir com muita gente, mas eu discordo. Você tem sua amiga interestadual que se disponibiliza a conversar com você quando você não está bem. Que te diverte, mima-te. E eu? Tenho a quem? Quem é que me liga pra saber se eu tô bem? Quem é que percebe que eu tô mal, mesmo que eu juro de pé junto que eu estou bem? Quem é que se interessa pela minha vida? Até onde eu sei, ninguém além de você. Hora do almoço: todos os grupinhos formados pra almoçarem juntos nas mesas, e eu ali com o prato na mão sozinho sem ter onde sentar e com quem almoçar. Pra completar não tinha faca. ODEIO COMER SEM FACA!Guardei o almoço na mochila pra dar pra algum menino de rua mais tarde. Melhor a fazer era ir ao cinema.
E foi isso que fiz. Não encontrei uma criança nos semáforos pra dar meu almoço. Onde eles foram parar? O governo tá "limpando" a cidade? Não duvido nada, já que as avenidas por onde passei são da área nobre da cidade. "Sexo Sem Compromisso" com Natalie Portman e Ashton Kutcher e "Rio", animação que retrata a "cidade maravilhosa" foram os filmes escolhidos. Sala relativamente vazia, filme sobre amigos que resolvem ser adeptos do sexo casual, eu sozinho... Claro que me senti mal, né? Lembrava de outros momentos naquele cinema, lembrava-me de quem se recusou a assistir ao filme comigo, lembrava também que ela devia estar se divertindo naquele momento e que eu não podia achar isso ruim. Tudo, menos egoísmo naquele momento.
Não chorei, mas tremia de frio. É um filme divertido e tocante. Vale muito a pena. Depois do "felizes para sempre", fui correndo pra sala 8 assistir ao "Rio". A sala que suponho ser a maior do cinema, estava florida de crianças, óbvio. Achei o filme genial. Muito verossímil. As músicas muito divertidas, o cenário carioca retratado com precisão e as dificuldades de um casal de araras-azuis, quase extintos, em se separarem (quanto às correntes) e ficarem juntos (quanto ao amor) é o que nos prende a atenção do começo ao fimdo filme. E tudo, é claro, com muito humor. Achei o bulldog um fofo. Sim, chorei. Estranho, eu sei. Não chorei com o de comédia romântica, mas chorei com o de animação. Fazer o que? Ando tão à flor da pele que qualquer animação me faz chorar (risos).
Tava super apertado, então, fui ao banheiro. Troca de olhares básica. Outro ajeitando o que não devia em frente ao espelho... Disse a mim mesmo: "Aí tem coisa." Mas saí pra tentar entrar escondido em alguma sala, não queria ir pra casa. Passei uns cinco minutos hesitando penetrar ou não, até que fui ao banheiro de novo. Sem segundas intenções, juro. Agora, vazio, só com o carinha na cabine, que abriu a porta quando me ouviu entrar. E o outro tava em outra cabine. Ambos com as mãos ocupadas. Acho que o adoslescente inconsequente que só pensa com a cabeça de baixo nunca vai deixar de existir em mim.
Dei umas voltas pelo shopping, experimentei algumas roupas e vi dezenas de casais apaixonados e ricos. Com o avanço tecnológico existente hoje, já deviam ter elaborado um óculos que impessa pessoas solteiras e com dor de cotovelo de verem casais felizes e apaixonados. Mas até que foi bom, reorganizei meus pensamentos e me distraí.. Voltei pra casa, aluguei um filme, passei horas ao telefone com um amigo que tem se sentindo tão sozinho quanto eu e agora a madrugada me aguarda. Boa noite. Zzzzz
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Sanando
Depois de um fatigado dia de aula e muita leitura, tudo o que quero é um pouco de alienação, e encontro isso em larga escala na TV brasileira. E lá estava eu só de toalha em meu sofá ainda com o gosto do jantar na boca, quando vi uma cena em "Morde e Assopra" que me fez refletir. A velha, mãe do Abner (Marcos Pasquim), fala pra ele que não é impossível pôr um sentimento de lado. Ele pergunta a ela se ela já o fez. Ela diz que sim. Que teve um amor, mas que não deu certo, então, ela pôs esse sentimento de lado e foi muito feliz com outro homem. No entanto, aquele sentimento da juventude não tinha sido esquecido, até hoje estava guardado numa caixinha trancada à chave muito bem escondida em seu coração. E pensei: Acho que o mesmo acontecerá comigo.
Acredito que eu ainda serei muito feliz em outros relacionamentos, tenha muitas experiências, mas que ainda velhinho aquele sentimento esteja guardado no meu peito, que na boca ainda haja o gosto saudade e na mente perguntas que nunca foram respondidas por você. Já retirei muito desse sentimento de mim, mas ele nunca se esgota. Já tive a sensação de que não encontraria ninguém melhor e me enganei, mas é que agora é diferente, a cada dia isso se concretiza. Não consigo ver ninguém com os olhos que eu via você, não consigo desejar ninguém como eu te desejava, até antes mesmo de nos tornamos amigos. Acho todo mundo desinteressante, vazio, infantil. E é nessas horas em que a saudade tá querendo golpear meu coração, que uma vozinha sopra no meu ouvido os momentos de decepção que eu tive com você, cada ilusão.
E isso pesa, pesa muito. Sabe qual a frase que me vem à mente que me faz esquecer tudo que me traz alegria quanto a nós dois? "Não tem futuro, não". É bem verdade que não vi você dizendo isso pessoalmente, mas na minha mente, eu vejo nitidamente sua expressão fácil, seus gestos... E percebo que não fomos feitos um pro outro. O que tive foi sorte de conviver com você em uma boa fase sua. Só isso. Fase essa que por mim duraria até hoje, mas isso não vem ao caso. Seja como for, meu coração retalhado tem cicatrizado-se muito bem. E logo, logo, estará pronto para ser golpeado por outro alguém que dirá que me ama, que quer ficar velhinho ao meu lado, que não existe namorado melhor que eu nesse mundo, que quando ver meu sorriso pela manhã é quando realmente acorda, dentre tantas outras sentenças que não são necessárias serem citadas e que vão me iludir como se eu fosse um principiante nesse assunto.
Triste? Não mesmo. Estou mais é ansioso para que esse ciclo se repita e me deixe bobo de novo. Quero mais é me perder nas fantasias do amor e sentir de novo todas aquelas toxinas de estar apaixonado. Convenhamos, ô troço bom, hein?
Acredito que eu ainda serei muito feliz em outros relacionamentos, tenha muitas experiências, mas que ainda velhinho aquele sentimento esteja guardado no meu peito, que na boca ainda haja o gosto saudade e na mente perguntas que nunca foram respondidas por você. Já retirei muito desse sentimento de mim, mas ele nunca se esgota. Já tive a sensação de que não encontraria ninguém melhor e me enganei, mas é que agora é diferente, a cada dia isso se concretiza. Não consigo ver ninguém com os olhos que eu via você, não consigo desejar ninguém como eu te desejava, até antes mesmo de nos tornamos amigos. Acho todo mundo desinteressante, vazio, infantil. E é nessas horas em que a saudade tá querendo golpear meu coração, que uma vozinha sopra no meu ouvido os momentos de decepção que eu tive com você, cada ilusão.
E isso pesa, pesa muito. Sabe qual a frase que me vem à mente que me faz esquecer tudo que me traz alegria quanto a nós dois? "Não tem futuro, não". É bem verdade que não vi você dizendo isso pessoalmente, mas na minha mente, eu vejo nitidamente sua expressão fácil, seus gestos... E percebo que não fomos feitos um pro outro. O que tive foi sorte de conviver com você em uma boa fase sua. Só isso. Fase essa que por mim duraria até hoje, mas isso não vem ao caso. Seja como for, meu coração retalhado tem cicatrizado-se muito bem. E logo, logo, estará pronto para ser golpeado por outro alguém que dirá que me ama, que quer ficar velhinho ao meu lado, que não existe namorado melhor que eu nesse mundo, que quando ver meu sorriso pela manhã é quando realmente acorda, dentre tantas outras sentenças que não são necessárias serem citadas e que vão me iludir como se eu fosse um principiante nesse assunto.
Triste? Não mesmo. Estou mais é ansioso para que esse ciclo se repita e me deixe bobo de novo. Quero mais é me perder nas fantasias do amor e sentir de novo todas aquelas toxinas de estar apaixonado. Convenhamos, ô troço bom, hein?
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Renúncia
Eu não devia ter-te amado tanto...
Agora - é tarde para te esquecer.
Mas quando um grande amor se enche de pranto,
olha: a renúncia é quase um dever.
Renúncia é sacrifício e desencanto...
Que me faz grande e te faz sofrer.
Renuncio a este amor profundo e santo.
É o holocausto de um ser a um outro ser!
Foste o afeto maior de minha vida.
Vou deixar-te. É o destino. À alma dorida,
não mais os sonhos lindos voltarão.
Renúncia é sofrimento, angústia e treva.
É um coração que o seu altar eleva
por sobre as ruínas de outro coração.Filgueiras Lima
-
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Às vezes acordo no meio da noite inopinadamente e confuso. |
sábado, 2 de abril de 2011
Que tal?
Para de se preocupar com a minha vida, de querer saber com quem eu estou ou deixo de estar. Para de inventar história ao meu respeito pra ganhar minha atenção. Para de me mandar mensagem fingindo ser outro alguém. Nem grave conversas com ninguém, não adiantará. Vai trabalhar, estudar, namorar, sei lá. Viver a tua vida e parar de se importar com a minha. Não adianta, nada que tu faças me atinge. Desiste, vai. Tenta ser feliz, que isso eu já sou ;)
"Onde não se responde"
Ele lhe perguntou o que fazia com o que sentia por ela. “Guarda”, ela respondeu, com a simplicidade de quem sabe que estas coisas, quando simplesmente existem, não precisam de um alojamento, um lugar, um espaço definido.
Guarda, ela lhe disse, na esperança de que ele levasse seu conselho ao pé da letra, esperando ganhar tempo para encontrar o guardado mais tarde quando tudo fosse possível.
Guarda, assim, como quem não quer nada, como quem vai usar daqui um minuto, quando sair do banho, quando sair à rua, quando for dormir, quando amanhecer.
Guarda solto em cima da cômoda, à vista dos olhos, no meio de outras bugigangas e finge que ele nem toma tanto espaço. Ou guarda na primeira gaveta, embrulhado em um papel de seda (daqueles que envolvem a maçã de Caetano), no fundo, longe dos olhos, e mesmo que você não abra a gaveta saberá que está lá. Mas quando e se você abrir, o perfume que vier lá do fundo vai invadir o quarto, a casa, devolvendo ao coração aquele sentimento de pertencer.
Guarda, ela lhe disse, tentando lhe dizer tudo isso, mas pronunciou apenas “guarda”, como se uma única palavra pudesse produzir cenários perfeitos para guardar o que ele sentia por ela. Então, ele lhe perguntou “onde?” Depois de tudo que ela tinha lhe dito em uma palavra, que significava entrega, um sim, um “eu acredito”, ele lhe fazia uma nova pergunta.
Onde? E ela, sem querer saber de pedir, sem querer entender de sofrer, sem querer explicar que o que sentia por ele estava guardado, intenso, represado e inflamável, disse simplesmente: “se não tem espaço, joga fora”.
E nessa hora lembrou de Leminski:
Coração para cima – escrito em baixo: frágil
Claudia Letti
sexta-feira, 1 de abril de 2011
PROCURA-SE!
Onde está minha armadura? O que você fez com ela? Onde a colocou? Não percebe o mal que causa a mim? Preciso dela para me proteger do sentimentalismo barato, das promessas malditas, do romantismo desmesurado... De tudo aquilo que feriu e iludiu meu coração. Coração este que depois que você o desocupou, tornou-se uma bacia sedimentar. Sedimentos de mágoas depositados por você. O que quero é vestir minha armadura para me sentir seguro, protegido e temido, como era antes de te conhecer. Passar de novo a imagem de insensível, desalmado e até grosso.
Não gosto de me sentir vulnerável. E foi exatamente isso que você fez comigo ao arrancá-la para que eu corespondesse ao seu amor. Você me deixou vulnerável ao sofrimento de ser esquecido, ao amor não mais correspondido, as lembranças do teu perfume que sempre sinto ao abrir as portas do meu guarda-roupa, as músicas que dizíamos ser nossas. Não me arrependo, não voltaria atrás, pois foi tudo ótimo, pelo menos pra mim, durante o tempo em que ficamos juntos. Só quero minha armadura de volta. Devolva-me, por favor.
Não gosto de me sentir vulnerável. E foi exatamente isso que você fez comigo ao arrancá-la para que eu corespondesse ao seu amor. Você me deixou vulnerável ao sofrimento de ser esquecido, ao amor não mais correspondido, as lembranças do teu perfume que sempre sinto ao abrir as portas do meu guarda-roupa, as músicas que dizíamos ser nossas. Não me arrependo, não voltaria atrás, pois foi tudo ótimo, pelo menos pra mim, durante o tempo em que ficamos juntos. Só quero minha armadura de volta. Devolva-me, por favor.
"És um dos Deuses mais lindos."
Tempo, tempo, tempo, tempo.
Contigo amadureci
Envelheci e endureci meu coração.
Contigo aprendi o valor da amizade
E que sou completo mesmo sozinho.
Aprendi que só você cura as feridas do coração
E graças a você pude ver quem valia a pena.
O que sinto por ti é o mais nobre sentimento de gratidão e respeito. Você que desde sempre me ensina, aconselha-me e me prega peças.
Tu és compositor de destinos e inventivo.
E ouve bem o que te digo
Peço-te o prazer legítimo e o movimento preciso
Quando VOCÊ for propício.
quinta-feira, 31 de março de 2011
"Deixa Eu Voltar"
"Entra ! Que por uma louca razão
deixei a porta aberta.
Entra sem falar nada, só entra.
Vem! Te convido a entrar na minha boca,
a beijar meus seios, a tocar o meu corpo.
Tua mão, minha mão, descobre onde pode,
onde vibra, onde excita, onde arde.
Sopra! Levanta os meus cabelos,
sente o meu cheiro, morde o meu pescoço.
Tua pele, minha pele, o atrito, o lugar mais extremo,
energético, magnética atração.
Fala tudo que eu quero ouvir.
Constrói encontros.
Descobre a talhos e marca.
Marca com força, marca suave,
Marca gemendo.
E quando for embora, não esquece.
Eu estou em você e você entrou em mim".
deixei a porta aberta.
Entra sem falar nada, só entra.
Vem! Te convido a entrar na minha boca,
a beijar meus seios, a tocar o meu corpo.
Tua mão, minha mão, descobre onde pode,
onde vibra, onde excita, onde arde.
Sopra! Levanta os meus cabelos,
sente o meu cheiro, morde o meu pescoço.
Tua pele, minha pele, o atrito, o lugar mais extremo,
energético, magnética atração.
Fala tudo que eu quero ouvir.
Constrói encontros.
Descobre a talhos e marca.
Marca com força, marca suave,
Marca gemendo.
E quando for embora, não esquece.
Eu estou em você e você entrou em mim".
Renata Arruda
DESIGUAIS, porém, SEMELHANTES.
Já ouviu a frase: "Pedir é feio"? Geralmente saem de bocas de mães que reprimem seus filhos, quando estes pedem algo à alguém. Que feio. Onde será que estão as mães dessas crianças acima para reprimí-las e ensiná-las bons modos? Eles não possuem. Não têm uma mãe de quem receber carinho e cuidados, e esses tais modos com que nos preocupamos tanto. Ninguém faz aviãozinho com a colher insistindo para que eles comam ou os colocam na cama.
São crianças miseráveis que não pensam em outra coisa a não ser em comida e numa mão para afagá-los. E acredite, você não precisa viajar até o Haiti para encontrar crianças assim. Quando fizer seu percurso casa-trabalho repare embaixo dos viadutos que você passa, nas crianças que dormem nas calçadas e nas que estão limpando o para-brisa do seu carro. Vê alguma diferença? Todas têm aquela olhar penoso, como as crianças da foto. E todos só queriam ter um lar, uma boa alimentação, uma vida de criança. Alegre e cheia de tombos brincando com os amigos.
Mas elas não podem se dar a esse luxo. Conhecem precoce e amargamente a necessidade de trabalhar e de pedir. Por mais que haja lei, por mais que haja orgãos... Crianças assim estão espalhadas por todo o país, quiçá, por todo o mundo. Queria ajudar, mas como? Vou sair por aí buscando um por um e pondo no meu caminhão da solidariedade e compaixão? Infelizmente não dá. Queria fazer algo que preenchesse esses rostos com um enorme sorriso e encharcasse o meu com muitas lágrimas. No entanto, enquanto não encontro uma alternativa viável, continuarei dando os trocados da minha carteira e meu lanche que eles tanto cobiçam com aqueles olhos cheios de esperança.
Não há maneira de nos sentirmos melhor que praticar o bem ao próximo.
Nos sentimos úteis, repletos de amor. Nada melhor que você ouvir um "muito obrigado" e um "Deus te abençõe", quando estes ditos de coração.
E se...
Eu não tivesse nascido? Meus pais teriam uma condição de vida mais elevada? Mas será que seriam felizes? Não sei, não sei. E acho que nem eles sabem. Eu gosto de existir, sabe? Mas e se eu tivesse nascido um gênio, super dotado mesmo? Certamente eu seria rico e bem sucedido, mas teria muitos amigos e me divertiria como me divirto? E se aquele celular estivesse carregando na sala, em cima do sofá, ainda estaríamos juntos? Acho que sim, penso que não. Sou feliz como sou, mas não seria sacrifício nenhum mudar algumas coisas.
Uma vez me perguntaram se eu gostaria de voltar no tempo, caso pudesse, é claro. E eu, sem hesitar, disse que sim. Porém, não tenho mais tanta certeza disso. Há uma frase, mais que clichê que diz: "Não podemos voltar no tempo e refazer o passado, mas podemos mudar a partir de agora e fazer um novo futuro" Mais ou menos isso, não lembro ao certo. Realmente não podemos voltar, e mesmo que pudéssemos, recusaria. E também não estou nem um pouco interessado em reinventar meu futuro. Venha o que vier e que seja muito bem-vindo. Gosto do que é novo, do que me surpreende e me instiga. O passado é claro que importa e não pretendo me desfazer dele, só pretendo deixá-lo no devido lugar. Lá.
Sou repleto de dúvidas e incertezas, mas já que ninguém pode me responder vou me arriscando, provando de tudo um pouco, decepcionando-me, reerguindo-me e depois rindo de tudo o que passou. E se você me aparecesse por essa porta chorando, dizendo que me ama e que se arrepende de tudo o que aconteceu e fez? O que será que eu faria? Não faço a mínima ideia, mas quer tentar?
Uma vez me perguntaram se eu gostaria de voltar no tempo, caso pudesse, é claro. E eu, sem hesitar, disse que sim. Porém, não tenho mais tanta certeza disso. Há uma frase, mais que clichê que diz: "Não podemos voltar no tempo e refazer o passado, mas podemos mudar a partir de agora e fazer um novo futuro" Mais ou menos isso, não lembro ao certo. Realmente não podemos voltar, e mesmo que pudéssemos, recusaria. E também não estou nem um pouco interessado em reinventar meu futuro. Venha o que vier e que seja muito bem-vindo. Gosto do que é novo, do que me surpreende e me instiga. O passado é claro que importa e não pretendo me desfazer dele, só pretendo deixá-lo no devido lugar. Lá.
Sou repleto de dúvidas e incertezas, mas já que ninguém pode me responder vou me arriscando, provando de tudo um pouco, decepcionando-me, reerguindo-me e depois rindo de tudo o que passou. E se você me aparecesse por essa porta chorando, dizendo que me ama e que se arrepende de tudo o que aconteceu e fez? O que será que eu faria? Não faço a mínima ideia, mas quer tentar?
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