quinta-feira, 31 de março de 2011

DESIGUAIS, porém, SEMELHANTES.

Já ouviu a frase: "Pedir é feio"? Geralmente saem de bocas de mães que reprimem seus filhos, quando estes pedem algo à alguém. Que feio. Onde será que estão as mães dessas crianças acima para reprimí-las e ensiná-las bons modos? Eles não possuem. Não têm uma mãe de quem receber carinho e cuidados, e esses tais modos com que nos preocupamos tanto. Ninguém faz aviãozinho com a colher insistindo para que eles comam ou os colocam na cama. 

São crianças miseráveis que não pensam em outra coisa a não ser em comida e numa mão para afagá-los. E acredite, você não precisa viajar até o Haiti para encontrar crianças assim. Quando fizer seu percurso casa-trabalho repare embaixo dos viadutos que você passa, nas crianças que dormem nas calçadas e nas que estão limpando o para-brisa do seu carro. Vê alguma diferença? Todas têm aquela olhar penoso, como as crianças da foto. E todos só queriam ter um lar, uma boa alimentação, uma vida de criança. Alegre e cheia de tombos brincando com os amigos. 

Mas elas não podem se dar a esse luxo. Conhecem precoce e amargamente a necessidade de trabalhar e de pedir. Por mais que haja lei, por mais que haja orgãos... Crianças assim estão espalhadas por todo o país, quiçá, por todo o mundo. Queria ajudar, mas como? Vou sair por aí buscando um por um e pondo no meu caminhão da solidariedade e compaixão? Infelizmente não dá. Queria fazer algo que preenchesse esses rostos com um enorme sorriso e encharcasse o meu com muitas lágrimas. No entanto, enquanto não encontro uma alternativa viável, continuarei dando os trocados da minha carteira e meu lanche que eles tanto cobiçam com aqueles olhos cheios de esperança.

Não há maneira de nos sentirmos melhor que praticar o bem ao próximo.
Nos sentimos úteis, repletos de amor. Nada melhor que você ouvir um "muito obrigado" e um "Deus te abençõe", quando estes ditos de coração.

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