quinta-feira, 7 de abril de 2011

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Às vezes acordo no meio da noite inopinadamente e confuso.


Vou ao banheiro, aperto os olhos em frente ao espelho sem enxergar muito bem, 
e só aí recordo que você importunava meu sono. Ora no pior dos meus pesadelos, ora no melhor dos meus sonhos.

É como se você se aproveitasse do momento inerte da minha consciência para parasitar em meus pensamentos, já que evito durante todo o dia suas lembranças. Ou devo dizer nossas? Não! Minhas lembranças. Insisto em evitar o inevitável.


 
Em todos os lugares seu nome está grafado. 
Ouço nossas canções em todas as estações de rádio.

Vejo os poemas que te escrevi em todos os livros. E fico me perguntando: Será que essas recordações são recíprocas?

Reciprocidade. Lembra que era o que mais falávamos e nos gabávamos por nosso relacionamento ser repleto? Em contrapartida, hoje, não há reciprocidade nem de ódio, nem de amor.


Como dói ver nas placas de locadoras cartazes de filmes que assistimos juntos ou os que tentanmos assistir no cinema.

 
Como sinto falta de todo aquele nosso desejo.


Transávamos no olhar e em qualquer lugar.


Sim, sinto sua falta, mas isso não quer dizer que eu tenha esquecido todo o sofrimento que me causara. Sinto saudade da pessoa incrível que conheci, tornei-me amigo e me apaixonei.


Só espero que você esteja bem e que quando nos reecontremos, eu ainda possa ver nesses olhos, que se fecham quando você sorrir, resquícios de todo aquele sentimento que um dia você sentiu por mim.

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