quinta-feira, 7 de abril de 2011

Renúncia

Eu não devia ter-te amado tanto...
Agora - é tarde para te esquecer.
Mas quando um grande amor se enche de pranto,
olha: a renúncia é quase um dever.

Renúncia é sacrifício e desencanto...
Que me faz grande e te faz sofrer.
Renuncio a este amor profundo e santo.
É o holocausto de um ser a um outro ser!

Foste o afeto maior de minha vida.
Vou deixar-te. É o destino. À alma dorida,
não mais os sonhos lindos voltarão.

Renúncia é sofrimento, angústia e treva.
É um coração que o seu altar eleva
por sobre as ruínas de outro coração.

Filgueiras Lima

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