Todos se movimentam, todos riem e se divertem. Todos insistem e alcaçam. Caem e erguem-se. E por que só eu não consigo? Por que só eu me sinto parado entre essa multidão? Por quê?
Como dói ver aqueles que tanto gostei, distantes e felizes sem mim. Dói saber que pra eles, eu mais nada represento. Sou objeto velho guardado no quartinho das tralhas e que quando forem arrumá-lo serei jogado fora, se é que já não fui.
Vejo amigos, inimigos e ex-amores em fotos com sorriso de orelha a orelha, com novos amigos, em farras, com novos relacionamentos e eu continuo aqui, estático. Elaborando momentos, frases, fatasiando situações, e o mundo continua a girar e as pessoas a se transformarem. E eu permaneço aqui, estático, só podendo expressar meus sentimentos, emoções, e angústias aqui. Escondido de todos. Finjo ser o que nunca fui.
Por isso, aniversários têm me deixado tão depressivo e desolado, por ver meus amigos crescendo e fazendo o que bem querem e, eu, parado, ouvindo tudo, tentando sorrir, sentir-me entrosado de novo, mas não dá.
Como fazer isso escondendo de todos o que sinto e o que sou?
Minto, escondo, sorrio pra foto, bebo, como e me sinto uma estátua no meio deles.
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